segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Letristas

Tão diferentes, mas tão iguais. Me impressiono (com esse pronome oblíquo antes do verbo, Ellen? Não, idiota.) que só tenha percebido isso agora. Somos nossos melhores amigos. Somos atores, músicos, escritores. Somos prosas e poesias. Somos parnasianos, naturalistas, por vezes realistas, outras românticos, talvez modernistas. Alguns citam autores famosos se achando super intelectuais, outros não lembram nem de frases banais. Desprezamos os pedantes porque falam demais do que não sabem e por acharem que todos são ignorantes. Temos um mundo à parte porque só lá podemos ser quem queremos ser, só lá podemos sonhar com o impossível. Sonhos, quantos sonhos guardados em nosso peito, quantas palavras não ditas, quanto mistério por trás de nossos olhos, olhos curiosos, olhos tristes, olhos cansados. Esperamos tanto de nada, queremos mais do que tudo. Sempre insatisfeitos com o dia, com o clima, com as pessoas, com a vida. Temos tanto medo de ser normais porque ser normal não é ser diferente, é ser comum, e ser comum é não ter nada a acrescentar quando temos tanto a oferecer. Mas não adianta, sofremos de autopiedade, sempre sentimos aquela sensação de inferioridade inerente ao inseguro. Sim, somos inseguros, mais do que devíamos ser e menos do que achamos que somos. Sei lá, há profundidade em nós, há um turbilhão de pensamentos, uma infinidade de sentimentos que apertam nosso coração, formam um nó na garganta e transbordam rosto abaixo. Somos bipolares. Você me entende, não é? Eu sei que sim. Porque você sou eu e eu sou você. Tão diferentes, tão iguais.

Um comentário:

  1. que lindo isso meeeu! *-*
    te puxooou :D


    ah o comentário do outro foi eu que apaguei, era pra ser nesse aqui ;p hdisuahudhasd

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