domingo, 29 de agosto de 2010

Eu só confio nas pessoas loucas,...

...aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas.

Jack Kerouac


domingo, 22 de agosto de 2010

Sempre passa

Ando meio estranha esses dias. Antes estava super afim de ir na festa da ESEF sexta, mas agora não estou mais. Além disso, tenho muitas coisas para ler e me sinto perdida. É, novamente sinto isso. E a culpa é minha. Sempre é. Embora eu pareça sempre alegre para todos, não me sinto assim. Sinto falta de algo e não sei o que é. Ou talvez saiba.
Na aula de inglês, na sexta, enquanto fazíamos um exercício, alguém (que não citarei) me disse “Ah, tua vida deve ser mais agitada que a minha”, e eu respondi “É, devia. Mas não é”. Isso ficou na minha cabeça o fim de semana inteiro. Não sei explicar porque isso me afetou, mas me fez pensar. Odeio minha mania de deixar que as coisas aconteçam naturalmente, odeio sempre esperar por algo que nunca chega. Não quero fazer drama, nem nada disso, mas eu sou humana, tenho direito de pensar besteiras, de achar que a minha vida é uma merda e que eu sou aquela para quem as coisas nunca acontecem. Depois de um tempo passa. Sempre passa.
A sensação que tenho é de que tudo está passando bem na frente dos meus olhos e que eu às vezes sou espectadora, às vezes sou coadjuvante, raramente protagonista. Sou alguém que não toma partido, que não se destaca, que finge não ligar, que queria ser diferente, mas não é. Por mais que eu aja da forma mais natural possível, tentando ser sempre como sou, fazendo tudo certo, tratando todos bem, às vezes sinto que não me encaixo, que não pertenço a lugar algum, mas talvez a todos.
Ando me sentindo muito sozinha esse semestre na faculdade e parte disso é minha culpa porque sou individualista e faço o que acho melhor para mim. Tenho algumas cadeiras com a Thalita, mas quase não vejo o resto do pessoal e tenho que lidar todos os dias com outras pessoas, com outros professores. Estou meio incomodada com a cadeira de Inglês e isso me põe ainda mais pra baixo. Às vezes acho que não sou capaz, que é demais para mim, que vou roer a corda, mas, às vezes, pensando melhor, consigo perceber, como dizem em A Sociedade dos Poetas Mortos, o meu “medo de ser grande”, de ser mais do que acho que posso, de fazer o que acho que nunca faria. Mas essa sensação ruim vai passar. Sempre passa.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Faz parte do meu show

Te pego na escola
E encho a tua bola
Com todo o meu amor
Te levo pra festa
E testo o teu sexo
Com ar de professor


Faço promessas malucas
Tão curtas quanto um sonho bom
Se eu te escondo a verdade, baby
É pra te proteger da solidão


Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor


Confundo as tuas coxas
Com as de outras moças
Te mostro toda a dor
Te faço um filho
Te dou outra vida
Pra te mostrar quem sou


Vago na lua deserta
Das pedras do Arpoador
Digo "alô" ao inimigo
Encontro um abrigo
No peito do meu traidor


Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor


Invento desculpas
Provoco uma briga
Digo que não estou
Vivo num clip sem nexo
Um pierrô-retrocesso
Meio bossa nova e rock 'n' roll

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Segundo primeiro dia

Primeiro dia de aula do segundo semestre foi bom. Fiquei dando banda pelo valley, jogando conversa fora, matando a saudade do RU :P. Tive Literatura Brasileira com o Fischer. Cara legal, que parece médico, escreve de vez em quando na Zero Hora, tem muitos anos de docência e deu aula para o meu pai. Super curti ele, apesar de na turma ter muitas pessoas que eu nunca vi pelo campus.

Estou empolgada com esse semestre, com as novas experiências e quero aproveitar tudo que puder, tanto nas relações sociais quanto em relação ao conhecimento adquirido. Sei lá, sinto que estou ficando ainda mais independente, não por causa da idade, mas no que se refere à formação de opinião, à determinação de não deixar que nada me impeça de fazer o que eu quero, e acho isso um grande passo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Férias de Inverno

*passei em todas as cadeiras na faculdade. Fiquei com três A, dois B e dois C.

*dormi mais do que qualquer outra coisa

*o resto do tempo fiquei na internet ou assistindo tv

*troquei o dia pela noite

*não terminei e nem comecei nenhum livro

*não saí muito de casa

*terminei de ver gossip girl

*me viciei em moonlight

*vi quinhentos mil filmes

*escrevi muito

E agora, já acostumada a ficar vagabundeando, me preparo para recomeçar mais um semestre. O segundo. Vou fazer oito cadeiras e, provavelmente, conhecerei muita gente. Enfim, não vai ser tudo igual. Os permanentes não estarão mais todos juntos nas aulas, mas espero que continuemos juntos fora delas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ah, o inverno...

Não sou muito fã do inverno. Só é bom devido às férias de julho e ao fato de qualquer bebida estar sempre gelada mesmo fora da geladeira. Não vejo magia nenhuma em estar usando quinhentas roupas, debaixo da chuva, num frio de cinco graus. É preciso ter forças pra levantar da cama, pra sair do banho quente. Nem neve tem pra dar mais graça. Se bem que, tendo neve todo ano, ia ficar bem sem graça. Não seria mais divertido fazer bonecos e brincar de guerra de bolinhas. O inverno complica um pouco a vida. Sair à noite é uma merda. Você não quer levar um casaco gigantesco porque depois vai ter que ficar segurando, mas também não pode ir sem casaco. A sessão da tarde também não ajuda. Só passa filmes velhos, que todo mundo já viu ou nunca vai querer ver. A internet acaba sendo a melhor saída na busca de filmes recentes, episódios de seriados que as emissoras demorarão um ano para passar e pra fazer contato com o mundo fora da sua casa. Mas mais uma vez, o frio atrapalha. Você manda um scrap, ou faz sua matrícula na UFRGS, ou digita um texto para o seu blog e sente sua mão tão gelada, que parece que seus dedos vão cair. Realmente, o inverno não é legal. Solteira então...Se você não concorda, pergunte aos mendigos que, além de estarem morrendo de fome, estão quase congelando em uma rua qualquer. Não vejo magia nenhuma nisso.