domingo, 22 de agosto de 2010

Sempre passa

Ando meio estranha esses dias. Antes estava super afim de ir na festa da ESEF sexta, mas agora não estou mais. Além disso, tenho muitas coisas para ler e me sinto perdida. É, novamente sinto isso. E a culpa é minha. Sempre é. Embora eu pareça sempre alegre para todos, não me sinto assim. Sinto falta de algo e não sei o que é. Ou talvez saiba.
Na aula de inglês, na sexta, enquanto fazíamos um exercício, alguém (que não citarei) me disse “Ah, tua vida deve ser mais agitada que a minha”, e eu respondi “É, devia. Mas não é”. Isso ficou na minha cabeça o fim de semana inteiro. Não sei explicar porque isso me afetou, mas me fez pensar. Odeio minha mania de deixar que as coisas aconteçam naturalmente, odeio sempre esperar por algo que nunca chega. Não quero fazer drama, nem nada disso, mas eu sou humana, tenho direito de pensar besteiras, de achar que a minha vida é uma merda e que eu sou aquela para quem as coisas nunca acontecem. Depois de um tempo passa. Sempre passa.
A sensação que tenho é de que tudo está passando bem na frente dos meus olhos e que eu às vezes sou espectadora, às vezes sou coadjuvante, raramente protagonista. Sou alguém que não toma partido, que não se destaca, que finge não ligar, que queria ser diferente, mas não é. Por mais que eu aja da forma mais natural possível, tentando ser sempre como sou, fazendo tudo certo, tratando todos bem, às vezes sinto que não me encaixo, que não pertenço a lugar algum, mas talvez a todos.
Ando me sentindo muito sozinha esse semestre na faculdade e parte disso é minha culpa porque sou individualista e faço o que acho melhor para mim. Tenho algumas cadeiras com a Thalita, mas quase não vejo o resto do pessoal e tenho que lidar todos os dias com outras pessoas, com outros professores. Estou meio incomodada com a cadeira de Inglês e isso me põe ainda mais pra baixo. Às vezes acho que não sou capaz, que é demais para mim, que vou roer a corda, mas, às vezes, pensando melhor, consigo perceber, como dizem em A Sociedade dos Poetas Mortos, o meu “medo de ser grande”, de ser mais do que acho que posso, de fazer o que acho que nunca faria. Mas essa sensação ruim vai passar. Sempre passa.

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