sábado, 22 de outubro de 2011

Muralha da China

Sabe aquele muro levemente desconstruído? Suas obras recomeçaram...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A desconfiança a atingiu como um soco no estômago

Uma noite fria, palavras cheias de ironia, uma espécie de crueldade na forma de falar do que poderia acontecer. Por que sempre pensava no pior? Por que nunca acreditava que alguma coisa ou alguém realmente pudesse ser boa ou bom? A desconfiança a atingiu como um soco no estômago. Por que ninguém podia ter boas intenções? Por que o pior aconteceria quando todas as outras coisas boas podiam acontecer? Estaria ela assim tão enganada? Estaria ela assim tão repentinamente cega? Ela que sempre enxergou além das palavras e das ações, ela que sempre pensava antes de agir. O problema é que sua racionalidade sempre teve um ponto fraco: o próprio desejo, tão forte quanto fugaz. Quando queria muito alguma coisa, nada mais importava, nada mais enxergava, apenas o fato de que conseguiria a qualquer custo, sem pensar nas consequências. No fim, lágrimas e cicatrizes. Era só isso que a vida lhe reservava? Dessa vez não seria diferente? Sua desconfiança fora confrontada por aqueles olhos castanhos e vem sendo derrotada várias vezes desde então. As primeiras pedras do muro começaram a ser escaladas, e ela, talvez ingênua, manteve, até esta noite fria, o foco em realizar um único desejo, que assim realizado, abrirá caminho para outro e outro e outro. Estaria ela assim tão desesperada? Estaria ela assim tão faminta em sentir algo verdadeiro? Como agir agora quando tudo que pensa se confunde com as variadas opiniões sobre o que deve estar acontecendo? Em quem acreditar quando não se sabe quem está certo? No coração? Não, nele não. O coração é traiçoeiro e machuca os desajeitados no amor. Nele ela não confia, mas como não fazê-lo quando ele, pela primeira vez, está tomando o controle de quem ela sempre achou que era? São tantas as perguntas. Tudo que tem é o tempo e tudo que restar dele serão respostas.